terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Quais são as diferenças entre um líder forte e um líder fraco?

Erika Linhares é pedagoga especializada em mudança de comportamento humano nas empresas há 20 anos. Em sua trajetória, mais de 15 mil pessoas e 700 parceiros passaram sob a gestão dela. Seu foco é acelerar pessoas e negócios, por meio da mudança do mindset nas organizações.

Para a especialista, o principal fator que impede a alta performance nas empresas é o MIMIMI. De um lado, estão gestores e líderes vaidosos com medo de tomar decisões e/ou assumir riscos. E, do outro, funcionários vitimistas, que se colocam como incapazes de criar ou resolver soluções. Felizmente, aprender a fazer o certo e querer ser produtivo num ambiente corporativo é possível. Erika garante que se pode ser feliz e produtivo no mundo corporativo.

Confira abaixo entrevista feita com a fundadora da empresa B-have, empresa que acredita na mudança de comportamentos e que auxilia empresas de pequeno, médio e grande porte neste processo.

Fale um pouquinho sobre seu trabalho. Como surgiu essa ideia de dar palestras? Qual o foco?

Erika Linhares especialista em mudanças de comportamentos

Erika Linhares, fundadora da B-have

Eu comecei a trabalhar ganhando 350 reais e terminei minha carreira corporativa como diretora nacional de vendas de uma das maiores empresas do Brasil. Nessa trajetória, mais de 15 mil pessoas e 700 parceiros passaram sob a minha gestão e, para dar grandes resultados, sempre apliquei o que aprendi com a formação em pedagogia: as pessoas precisam aprender a fazer o certo e a serem produtivas no ambiente corporativo. Então eu me preocupava mais com o comportamento da minha equipe do que com a técnica. E percebi que o comportamento é justamente o que faz a diferença nas organizações, daí nasceu a B-Have.

Me especializei em desenvolver pessoas e mudar comportamentos. Engajá-las! Hoje, eu e mais dois sócios de muito sucesso no mundo corporativo decidimos ensinar como se faz para ser produtivo e feliz no trabalho através da mudança de pensamentos e ações. A B-Have apoia corporações e funcionários a lidarem com as “dores do mundo corporativo”, por meio de uma metodologia própria desenvolvida por mim que tem como foco a transformação do mindset.

Essa metodologia oferecida pela B-Have também é pautada pelo #NoMiMiMi, movimento digital que criei com o propósito de levantar a bandeira da evolução do mindset, gerando colaboradores mais felizes e, consequentemente, empresas mais lucrativas. A B-Have oferece palestras, workshops e cursos por meio de três produtos: Click Speech, Move on e My Place, os quais entregam mudança de mindset, desenvolvimento de pessoas e organização para alavancar operações, reduzir perdas e engajar equipes.

Você poderia nos dar algum exemplo prático extraído da sua palestra que exemplifique melhor seus principais conceitos, para que nossos leitores conheçam melhor seu trabalho?

Nas minhas palestras sempre reforço que o que impede empresas e funcionários de crescerem é justamente o MiMiMi. Exemplifico que, de um lado, estão sócios e gestores insatisfeitos com seu time por serem improdutivos e dependentes. Enquanto do outro estão funcionários frustrados com a falta de reconhecimento e de propósito. Esse é um cenário bastante comum dentro das empresas hoje em dia, que afeta diretamente o desenvolvimento dos negócios. Mas como transformar esse círculo vicioso? A palavra-chave é comportamento!

Geralmente, uma empresa é composta por cerca de 10% de pessoas que não querem se engajar. Outras 20% que são pessoas autônomas, que já nasceram com o mindset progressivo, são pessoas que entram e fazem acontecer. No entanto, cerca de 70% dos funcionários tem o mindset fixo, e é aí que está o grande clique: é possível desenvolvê-los, transformando seu mindset de fixo para progressivo com foco na mudança comportamental. É isso que eu os ajudo a alcançar!

Quais são os erros mais comuns que você vê as empresas e as pessoas cometendo em relação a essas questões da sua palestra?

O maior erro das empresas, que as impede de serem mais produtivas, é justamente o comportamento. São times formados por líderes vaidosos e funcionários vitimistas. O que fazemos é ensinar os líderes a liderar o comportamento dos seus funcionários, deixando de ser vaidosos. E também ensinamos os funcionários a serem autônomos e deixarem de ser vítimas.

Dessa lista de erros, qual você considera o mais grave? Por quê?

O que considero mais grave é o vitimismo. Um dos meus objetivos é apoiar as pessoas para que deixem de ser vítimas, para que elas entendam que todo mundo pode chegar ao topo. Muitas pessoas têm dificuldade de encarar os problemas como desafios, mas quando você compreende isso aquele problema passa a te mover.

Imagine que um empresário ou vendedor está procurando melhorar os resultados nessa área. Por onde começar? De maneira sucinta e objetiva, quais as principais recomendações?

Para transformar um mindset fixo em um progressivo e aumentar a produtividade, a primeira dica é aprender a se relacionar. Ninguém faz nada sozinho! Estamos o tempo todo precisando das pessoas e tendo que ajudar as pessoas, esse é o ciclo positivo da vida.

Outra dica é ser autônomo, que nada mais é que não ser vítima, não esperar nada de ninguém e ir buscar o que é seu. Saiba onde você quer chegar, mantenha o foco, estabeleça metas e desenvolva ações realistas para cumpri-las. O sucesso só depende de você!

Por fim, enxergue o problema como desafio. As limitações sempre nos revelam oportunidades de superação e aprendizado. Entenda que não existe chance de você não ter sequer um problema para resolver no seu dia. Portanto, vá lá e resolva, não segure um problema mais tempo do que o necessário e nem dê a ele um peso maior do que ele realmente tem.

Falando um pouco do seu trabalho como consultora e palestrante. Que tipo de empresa geralmente contrata seus serviços? O que você busca?

Busco toda e qualquer empresa, seja ela pequena, média ou grande, que já entendeu que o cenário mudou. Que hoje, as habilidades comportamentais de suas pessoas são mais importantes do que as técnicas. E as empresas que entenderam que precisam priorizar também seus funcionários, pois muitas ainda se preocupam com o comportamento de seus clientes e esquecem dos seus colaboradores. Aquelas que buscam aumentar a produtividade por meio de um forte engajamento de suas pessoas.

Por outro lado, que tipo de evento/treinamento/consultoria não é adequado para você? Ou seja, que tipo de problemas/situações/treinamentos você geralmente prefere não aceitar ou indicar para algum colega?

Nós somos especializados em comportamento humano dentro das organizações, portanto qualquer projeto que trate sobre assuntos técnicos, como por exemplo, processos e procedimentos, nós indicamos empresas especializadas no assunto.

Com tanta experiência na área, quais dicas ou informações você vê sendo dadas pela mídia sobre alguns dos temas que você aborda com freqüência com as quais claramente não concorda, que acha exageradas ou modismos?

Eu não acredito que palestras motivacionais façam as pessoas se engajarem com as empresas, não acredito no motivacional pasteurizado. Esse tipo de palestra serve como entretenimento e isso não engaja ninguém.

Algum último comentário que queira fazer para os leitores da VendaMais?

Gostaria de convidar todos vocês a fazerem parte do movimento #NOMIMIMI. Isso vai deixá-los mais práticos, corretos e autônomos. E, como consequência, mais felizes e prósperos.

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